Caso está sendo investigado pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Presidente Prudente. Para a família, fica um sentimento de revolta e angústia
A Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Presidente Prudente deve instaurar nesta terça-feira (5) o inquérito para apurar a morte de Lucinda Rosa Franco dos Santos. A idosa, de 81 anos, morreu após ser atropelada por um veículo, na Avenida 11 de Maio, no Parque do Povo.
Segundo a delegada Luciane Mauri Santiago da Silveira, responsável pelas investigações, assim que o inquérito for instaurado, será feito um levantamento sobre todos os veículos do modelo Chevrolet Corsa, de cor branca, do município.
“Esses veículos serão periciados para tentar descobrir se algum deles possui amassados na lataria ou outros vestígios do acidente”, contou a delegada ao iFronteira na tarde desta segunda-feira (4).
De acordo com Luciane, o inquérito correrá pelo prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual período, caso não seja concluído no prazo inicial. “Sempre há a possibilidade de o autor se entregar, o que facilita as investigações”, destacou.
Ainda conforme a delegada, o fato de o atropelante ter fugido do local sem prestar socorro à vítima agrava a sua situação. “A fuga do motorista do local agrava a sua situação porque, a partir do momento em que deixa de prestar socorro à vítima, ele também está fugindo das suas responsabilidades civis, como, por exemplo, dar auxílio à família, entre outras coisas”, explicou ao iFronteira.
Ainda conforme Luciane, ainda não é possível informar em que tipo de crime o atropelante se encaixa. “Para chegarmos a essa conclusão, é necessário aguardar os resultados do IML [Instituto Médico Legal], como do exame de corpo de delito, e do IC [Instituto de Criminalística], que realizou a perícia no local do acidente, para saber o que cada um vai apontar”, ressaltou.
“Outro fato que precisa ser levado em consideração é o depoimento do autor. Então, há uma série de fatores, depende do resultado de todo um contexto, para chegarmos a um indiciamento ou não da pessoa, já que, se ela se entregar por livre e espontânea vontade, não é detida", acrescentou Luciane ao iFronteira.
Revolta e angústia
Maria Fátima dos Santos, de 57 anos, filha mais velha de Lucinda, informou ao iFronteira na tarde desta segunda-feira (5) que, com a morte de sua mãe, “o que fica é um sentimento de revolta e angústia muito grande”.
“Minha mãe morreu e nós não sabemos nem ao certo o que realmente aconteceu. Não sabemos se era ela quem estava errada, se foi o motorista que errou, quem foi que ligou para o socorro, e a gente fica nessa angústia”, contou Maria Fátima.
“Com 81 anos, minha mãe era uma pessoa muito lúcida e independente. Gostava de fazer hidroginástica e não dependia de ninguém para ir aos lugares, ela mesma pegava ônibus e ia para onde queria. Ela era uma mulher saudável, tinha muitos amigos e era adorada por todos que a conheciam”, ressaltou a filha mais velha, ao iFronteira.
Ainda conforme Maria Fátima, Lucinda deixou 13 filhos, 35 netos e sete bisnetos. O corpo da idosa foi sepultado na tarde desta segunda-feira (4), em Presidente Prudente.
Fonte: iFronteira
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